segunda-feira, 28 de junho de 2010

A poesia

FOME




Olhos negros tristes

De Criança pequenina e perdida

Que dor a minha saber que existes

Mas eu juro que não te quero perdida



Ouvem-se vozes lá longe

Como rio que vai passando

As vozes que se ouvem lá longe

Aos poucos elas vão chegando



As crianças já não choram

A fome já lha tirei

As crianças agora brincam

E a sorrir dizem: Eu já cheguei!


Que alegria a minha

Ver crianças a brincar

O menino preto tem leite na tabanca, mas não tinha;

Que tristeza a minha, mas já não a vejo chorar



Se o Homem quisesse fazia a paz

Tu não choravas nem pedias comer

Mas o Homem não quer nem é capaz

Porque Ele só quer a guerra para enriquecer


Virgílio Alves da Silva

Sem comentários:

Enviar um comentário